Distritais também voltaram a pedir a instalaçãp da CPI da Pandemia e cobraram medidas preventivas e fiscalização efetiva no transporte públi...
Distritais também voltaram a pedir a instalaçãp da CPI da Pandemia e cobraram medidas preventivas e fiscalização efetiva no transporte público
A morte de
dois professores da rede particular de ensino em consequência da Covid-19,
ontem, causou preocupação entre os deputados distritais que, na sessão remota
da Câmara Legislativa desta quarta-feira (14), além de lamentarem as perdas,
debateram o retorno seguro às aulas presenciais. Os parlamentares também
abordaram a necessidade de a CLDF instalar a CPI da Pandemia para investigar a
gestão dos recursos locais destinados ao combate da crise sanitária.
O deputado
Professor Reginaldo Veras (PDT) relatou que, em visita a estabelecimentos
privados de ensino, pôde constatar que, entre os estudantes, não há respeito às
regras preventivas. “Crianças se abraçam e tiram as máscaras”, exemplificou.
“Enquanto isso, os professores, obrigados a trabalhar, escondem suas
enfermidades, incluindo a Covid-19, com medo de perder o emprego”, denunciou.
Para ele, a situação é grave: “A vida dos educadores das escolas particulares
vale menos do que a de seus colegas da rede pública?”. Por fim, Veras defendeu
vacinação prioritária para a categoria.
A deputada
Arlete Sampaio (PT) apoiou a priorização dos trabalhadores da educação no
processo de imunização contra o coronavírus. “Ontem, perdemos mais professores
da rede particular de ensino”, alertou. Na opinião dela, o governo precisa
garantir as doses necessárias para uma vacinação em massa. Nessa linha,
destacou iniciativa do GDF, como parte integrante do Consórcio Brasil Central,
reunindo unidades do Centro-Oeste, Norte e Nordeste, que pretende adquirir
diretamente o fármaco Sputnik V.
Por outro
lado, a deputada Júlia Lucy (Novo) propugnou a volta às aulas presenciais na
rede pública. “Boa parte do sistema é composto por estabelecimentos que possuem
a estrutura necessária ao retorno com segurança”, argumentou, criticando a Secretaria
de Educação do DF que cancelou reunião com o Ministério Público do Trabalho
para tratar da questão. Na avaliação da distrital, os alunos do ensino público
estão sendo vítimas de “vários ataques aos seus direitos”.
Comentando a
fala da colega, o deputado Agaciel Maia (PL) usou como exemplo os seus próprios
netos “que vão às aulas e voltam sem que saibamos se tiveram contato com alguém
infectado”. O parlamentar propôs que, antes de voltar às escolas, os
professores precisam ser vacinados. “Não podemos levá-los a ministrar aulas de
qualquer maneira”, declarou. Nessa direção também se posicionou Chico Vigilante
(PT). “É urgente a vacinação dos trabalhadores da linha de frente”, afirmou,
incluindo os profissionais de educação entre eles.
CPI da Pandemia
Além de
referir-se aos professores que perderam a vida para a Covid-19, o deputado
Leandro Grass (Rede) exibiu fotos retratando unidades de saúde do DF “num
esforço para explicar a quem ainda não entendeu a situação que vivemos”. Nas
imagens apareciam desde problemas de infraestrutura em hospitais públicos ao
acúmulo de corpos de vítimas da infecção. Como contraponto, apresentou
documentos sobre a compra de “louças”, com dinheiro público, pelo
Iges-DF. “Essa realidade não é suficiente para que a CLDF resolva investigar a
gestão governamental da crise sanitária?”, indagou. Antes, Júlia Lucy também
havia defendido a necessidade de instalar a CPI da Pandemia.
Transporte Público
O deputado Delegado Fernando Fernandes (Pros) contou sobre nova visita que fez, na manhã de hoje, à Rodoviária do Plano Piloto e ao metrô. “As medidas sanitárias continuam sem ser atendidas no transporte público. Sequer tem álcool em gel”, reclamou. Já o deputado Fábio Felix (PSOL) protestou contra as empresas de ônibus coletivos que, por vários motivos, “segundo reportagem de televisão, receberam 6 mil multas e não pagaram nenhuma”. Por: Marco Túlio Alencar - Agência CLDF, site: https://www.cl.df.gov.br/-/morte-de-professores-por-covid-19-preocupa-distritais
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