Page Nav

HIDE
Sábado, Maio 31

Pages

O Hran oferece tratamento contra doença que impede evolução de gravidez

Unidade da Secretaria de Saúde é referência no acompanhamento da trofoblástica gestacional, também conhecida como mola hidatiforme ou gestaç...


Unidade da Secretaria de Saúde é referência no acompanhamento da trofoblástica gestacional, também conhecida como mola hidatiforme ou gestação molar.

O sorriso de Beatriz ao olhar para a filha Alice, de três meses, é uma mistura de sentimentos. Há realização e agradecimento por ter vencido dias difíceis. Quatro anos atrás, a médica veterinária havia sido diagnosticada com doença trofoblástica gestacional, quadro que impede a evolução da gravidez e coloca a vida da própria mãe em risco. Hoje, Beatriz Paixão é uma das mulheres acompanhadas no Ambulatório de Mola do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), um serviço que já atendeu mais de 2.500 pacientes desde 1986, sendo referência no Centro-Oeste.

Eu tinha bastante medo de acontecer de novo, mas agora tenho a minha alegria. Eu sempre quis ser mãe” , diz Beatriz Paixão, que foi atendida no Hmib e no Hran e hoje é mãe de Alice | Foto: Arquivo pessoal

Também chamada de mola hidatiforme ou gestação molar, a doença tem causas ainda desconhecidas e ocorre quando há fecundação anormal do óvulo, levando a uma gestação com ou sem embrião. Em ambos os casos, o desenvolvimento da criança não acontece.

Em algumas pacientes, a doença se comporta como um câncer, podendo afetar órgãos e até levar ao óbito. O diagnóstico é uma notícia delicada para as mães: significa que a gestação não vai progredir, e que será necessário um tratamento que pode incluir até a quimioterapia. “É algo devastador. A gente fica com uma expectativa, e é frustrante para toda a família” , conta Beatriz.

“É uma doença que, sendo adequadamente tratada, pode ser totalmente curada”

Valéria Gonçalves, ginecologista

Ela fazia pré-natal na rede privada e notou que algo não estava bem quando os profissionais não conseguiram visualizar o bebê durante os exames de ultrassom. A imagem  era semelhante a um cacho de uvas, um indicativo da doença. O caminho para o tratamento começou na Unidade Básica de Saúde (UBS) próxima de casa, no Núcleo Bandeirante.

Dali, Beatriz foi encaminhada ao Hospital Materno-Infantil de Brasília (Hmib), onde fez o procedimento de aspiração das células com a anomalia. Em seguida, o acompanhamento passou a ser feito no ambulatório do Hran, local hoje visto por ela como um espaço de informação e acolhimento. “Lá me explicaram direitinho toda a doença e o apoio que eu teria”, lembra ela, que à época tinha 19 anos.

No corredor onde fica localizado o Ambulatório de Mola do Hran é possível perceber no rosto de mulheres sentimentos semelhantes. O espaço reúne pacientes encaminhadas tanto pela rede pública quanto privada, às segundas-feiras, das 14h às 18h, e às sextas-feiras, das 8h às 12h. São cerca de 30 por semana.

“Todas as pacientes indicadas para nós são atendidas”, garante a ginecologista Valéria Gonçalves, responsável pelo serviço de acolhimento. O local também é referência para a formação de futuros profissionais de medicina e de residentes, que aprendem as técnicas para o tratamento. “É uma doença que, sendo adequadamente tratada, pode ser totalmente curada”, afirma Valéria.

De acordo com a médica Marta de Betânia, referência técnica distrital de ginecologia da Secretaria de Saúde (SES), ainda que seja desconhecida, a doença não é tão incomum. Segundo ela, no Brasil estima-se um caso de gravidez molar em até 400 gestações. Entre os principais fatores de risco estão a idade: é mais provável o diagnóstico ocorrer em mulheres com pelo menos 35 anos, ainda que possa também existir em mães mais jovens, como foi o caso de Beatriz.

O acompanhamento tem como principal exame o beta HCG (sigla em inglês para Gonadotrofina coriônica humana); dependendo do resultado, é possível identificar a permanência da “mola” mesmo após a aspiração das células com anomalia.

Cerca de 20% das mulheres precisam complementar o procedimento com a quimioterapia para evitar o alastramento dessas células para outras partes do corpo. Depois, é mantido o acompanhamento do beta HCG, inicialmente com periodicidade semanal, mais tarde, mensal e, por fim, anualmente. Com o tratamento oferecido no Hran, há formas de recuperar a saúde da mulher e, se for o desejo dela, até viabilizar uma gravidez. “Eu tinha bastante medo de acontecer de novo, mas agora tenho a minha alegria. Eu sempre quis ser mãe”, conta Beatriz.

Da redação com informações da Secretaria de Saúde

Nenhum comentário

Pixel

QualificaDF Móvel certifica 470 alunos em quatro regiões do ...

Governador Ibaneis Rocha se despede de subtenente da PMDF em...

Uso de cigarro eletrônico acende alerta para riscos à saúde

GDF: Vacina da gripe está disponível em 164 salas de vacinaç...

Maio Furta-Cor: Rede pública de saúde do DF oferece suporte ...

Hospital da Criança de Brasília é referência nacional no tra...

Governo de Minas Gerais vistoria as obras Hospital Regional ...

Capacitação na Regional de Ubá qualifica equipes municipais ...

O Governo de Minas Gerais distribui mais de 17 mil vales-liv...

Campeonato Brasileiro de Futebol de 2024 - Série D ... Prim...