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O Dono da Tesoura de Ouro foi preso em uma operação contra fraude de R$ 45 Milhões! Confira

  Foto: Divulgação PCDF Juraci foi preso em uma academia no Sudoeste. No total, foram cumpridos 26 mandados de busca e apreensão e um de pri...

 

Foto: Divulgação PCDF

Juraci foi preso em uma academia no Sudoeste. No total, foram cumpridos 26 mandados de busca e apreensão e um de prisão temporária em empresas e residências de investigados

Na manhã desta quinta-feira (11/4), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou a Operação Sarto, desvelando uma intricada trama de crimes financeiros envolvendo o empresário Juraci Pessoa de Carvalho, conhecido como Juraci Tesoura da Ouro, dono das lojas Tesoura de Ouro. A ação, que resultou na prisão de Juraci, visa reprimir crimes que incluem organização criminosa, lavagem de dinheiro e sonegação de impostos, totalizando uma dívida com o Governo do Distrito Federal (GDF) que ultrapassa os R$ 45 milhões.

Juraci foi detido em uma academia no Sudoeste, durante uma operação que cumpriu 26 mandados de busca e apreensão, além de um de prisão temporária, em empresas e residências de investigados em diversas regiões administrativas. A investigação revelou um esquema sofisticado, no qual um grupo empresarial se utilizou de pelo menos 123 empresas fictícias ou de fachada para emitir notas fiscais fraudulentas, com o objetivo de sonegar impostos e circular dinheiro proveniente de atividades ilícitas.

O modus operandi incluía a constituição de empresas de fachada, cujos quadros societários eram compostos por indivíduos sem vínculos reais com as operações, agindo como “laranjas”. Um único funcionário, por exemplo, teve sua identificação vinculada a 47 CNPJs, evidenciando a complexidade do esquema. Essas empresas simuladas serviam como escudo para os verdadeiros proprietários do grupo, que se beneficiavam da sonegação fiscal e da constituição de crédito fiscal ilegítimo.

De acordo com a Polícia Civil do DF, o grupo, que já fez 14 vítimas, movimentou mais de R$ 8 milhões em golpes, utilizando diversas modalidades fraudulentas, como:

  • Falsos investimentos: com promessas de rendimentos de 7%, ao mês, atraindo vítimas que buscavam oportunidades de investimento.
  • Financiamentos de veículos ardilosos:Financiamentos de veículos sem o conhecimento dos donos dos carros, causando um grande prejuízo financeiro.
  • Compra sem pagamento de produtos eletrônicos:Aquisição de centenas de produtos eletrônicos sem a efetivação do pagamento, causando danos às empresas e aos consumidores.
  • Compras simuladas em máquinas de cartão:Realização de compras simuladas em máquinas de cartão para obter valores das operadoras de cartão de crédito sem a contrapartida de pagamento, gerando prejuízos às operadoras e aos clientes.

Para ocultar os valores ilícitos, as quantias resultantes da fraude fiscal eram fragmentadas e movimentadas através de uma rede de contas bancárias vinculadas aos CNPJs das empresas fictícias. A análise do crescimento das empresas operacionais do grupo, atualmente com mais de 60 filiais, revelou que os recursos ilegais foram mesclados com capital legítimo, possibilitando uma expansão aparentemente lícita da rede empresarial.

De acordo com o delegado-chefe da 35ª DP, Ricardo Viana, o grupo é liderado por dois moradores de Sobradinho, um dos quais construiu uma grande casa no lote do sogro que fica na região. “Acredita-se que dezenas de pessoas foram vítimas do golpe, mas ainda não registraram as ocorrências, pois estão negociand” seus créditos”, explica.

Dos quatro mandados expedidos pela Justiça do DF, três são membros da mesma família: pai (50 anos), filho (28 anos) e filha (26 anos). O quarto preso é outro morador da cidade (24 anos).

A operação Sarto mobilizou 120 policiais civis e recebeu esse nome em referência à palavra italiana para “alfaiate”, uma vez que os investigados atuavam principalmente no ramo de confecções. Os principais alvos são os verdadeiros responsáveis pelas empresas e beneficiários da fraude fiscal e da lavagem de dinheiro. Caso sejam comprovadas as acusações, os envolvidos poderão responder por crimes que incluem organização criminosa, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro, sujeitando-se a penas que chegam até 28 anos de prisão.

Da Redação do Portal de Notícias com informações do site Agenda Capital

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