Cerca de 300 estudantes de escolas públicas da Estrutural e de São Sebastião assistiram a uma sessão teatral sobre cuidado com os animais, n...
“Estava muito animada para vir a esse teatro. Acho que foi o melhor que já vi”, contou a estudante Alicia Magalhães, 8 anos. A menina tem dois cachorrinhos em casa e conta que faz questão de manter a saúde deles em dia: “É muito importante cuidar deles e deixá-los bem quentinhos. Não pode deixar na chuva, senão eles podem ficar doentes.” Quem também pensa desta forma é a estudante Natália Luz, 8, que convive com duas cadelinhas. “A Lupita e a Mel são minhas cachorrinhas desde sempre. São praticamente gente. Minha mãe até deixa elas dormirem comigo”, brinca.
Cerca de 300 estudantes de escolas públicas da Estrutural e de São Sebastião assistiram uma sessão teatral sobre cuidado com os animais | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília
Um dos professores presentes na feira, Renivaldo Araújo disse que os cuidados com a natureza e animais são tema de estudo nas escolas, mas que, ao serem abordados por outras pessoas, podem ser mais absorvidos pela garotada. “Foi um momento para as crianças aprenderem a valorizar não só o meio-ambiente, mas também os animais, fortalecendo o trabalho dos professores. Quando ficamos muito presos na sala de aula, a educação fica mais mecânica. Agora, quando a gente sai, que vem com uma atividade como essa, que é bem mais lúdica, tornamos a educação mais efetiva”, frisou.
Programação
No sábado (9), o público poderá participar de oficinas artesanais de patinhas pet, além de prestigiar performances interativas com o Grupo Posers e um desfile pet. No dia seguinte, haverá uma palestra com o especialista em saúde animal Alexandre Rossi, conhecido como Dr. Pet, às 10h30, oficinas de artesanato e mais um desfile pet, às 15h.
Também estão expostos produtos confeccionados por reeducandos da Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso do Distrito Federal (Funap), da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF). O catálogo inclui arranhadores, camas e laços para os bichinhos. A diretora-executiva da Funap, Deuselita Martins, explicou que a produção dos itens faz parte do processo de ressocialização.
“Nossos reeducandos, por meio das oficinas de artesanato e marcenaria, têm a oportunidade de transformar materiais recicláveis em produtos úteis e de alta qualidade para pets”, disse Martins. “Essa experiência reforça o valor do trabalho e contribui para o desenvolvimento pessoal de cada reeducando, além de promover a inclusão e a responsabilidade social. Estamos felizes em compartilhar com a comunidade o resultado desse trabalho e esperamos que ele inspire ainda mais ações de solidariedade e reintegração.”
Por sua vez, a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, enfatizou que “oferecer profissionalização aos reeducandos é contribuir para a função ressocializadora atribuída às penas privativas de liberdade a fim de reintegrá-los à sociedade.” A gestora complementou: “A questão da não reincidência está muito vinculada à possibilidade de essas pessoas terem vínculos empregatícios, portanto é preciso criar as oportunidades para que esses detentos se capacitem.”
Serviço
Da redação do Portal de Notícias Tribuna FM de Brasília, com informações da Agência Brasília.


