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A UBS 1 de Taguatinga apoia famílias de crianças do espectro autista

    Grupo TEAlogando esclarece dúvidas e orienta sobre intervenção precoce Thaís Cavalcante, da Agência Saúde | Edição: Willian Cavalcanti C...

  


Grupo TEAlogando esclarece dúvidas e orienta sobre intervenção precoce

Thaís Cavalcante, da Agência Saúde | Edição: Willian Cavalcanti

Cuidado integral de forma precoce. Esse é o lema do grupo TEAlogando da UBS 1 de Taguatinga, voltado para pais e cuidadores de crianças com diagnóstico ou hipótese de TEA (Transtorno do Espectro Autista). Idealizado por profissionais da UBS 1, o objetivo é iniciar a intervenção antecipada.

“Buscamos dar apoio aos pais de crianças do espectro autista, fornecendo conhecimento e suporte para que a criança possa ser trabalhada precocemente”, explica a fonoaudióloga Suzy Mashuda. A intervenção precoce, com estimulação e terapias, auxilia no desenvolvimento dos pacientes. “Como atenção primária, fazemos o primeiro atendimento, com foco em prevenção”, pontua Mashuda.

A fonoaudióloga do grupo TEAlogando, Suzy Mashuda, explica o objetivo dos encontros: “Dar apoio aos pais de crianças no espectro autista, para fornecer conhecimento e suporte”. Foto: Alexandre Alvares/Agência Saúde-DF

“Hoje consigo falar sobre o autismo sem chorar devido à ajuda do grupo, que me fez entender melhor sobre o assunto e os direitos do meu filho”, aponta Carolina Araújo, mãe de Pedro, 4 anos, diagnosticado autista há pouco tempo.

Esta semana (29), o TEAlogando organizou uma tarde de beleza para as mães, que encerrou o ciclo de encontros do grupo neste semestre. Entre um penteado com tranças e maquiagem no rosto, Carolina agradece o auxílio do grupo. “A gente pensa muito nos filhos e acaba esquecendo de nós, mães. A tarde de cuidados é maravilhosa”.

Carolina Araújo, mãe do Pedro, 4 anos, diagnosticado autista há pouco tempo, aprovou a iniciativa da tarde de beleza. “A gente pensa muito nos filhos e acaba esquecendo de nós, mães”. Foto: Alexandre Alvares/Agência Saúde-DF

O TEAlogando funciona quinzenalmente, às segundas-feiras, a partir das 14h, na UBS 1 de Taguatinga. São seis encontros, com temas diversos sobre o autismo. O grupo é formado por uma médica de Saúde da Família (ESF) e equipe e-Multi (fonoaudióloga, nutricionista, assistente social, farmacêutica e fisioterapeuta), que garantem acolhimento aos familiares e às crianças e fazem esclarecimento sobre o autismo. Em outubro, está previsto o início de outro ciclo de encontros com as mães.

Apoio e informação

A assistente social Liliane Moraes relata que muitas famílias procuram o TEAlogando sem saber sobre as garantias previstas em lei para os autistas. “Mães param de trabalhar para cuidar de seus filhos, por não terem apoio para se manter no mercado de trabalho. Muitas chegam aqui sem saber de seus direitos, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC), garantido para pessoas com deficiência. Aqui, passamos todas essas orientações”, esclarece.

Maitê Genova afirma que o grupo foi importante para entender melhor a condição de autista de seu filho, Felipe Augusto. Foto: Alexandre Alvares/Agência Saúde-DF

Maitê Genova foi outra mãe que aproveitou a tarde de beleza. Mãe de Felipe Augusto, 5 anos, autista nível dois de suporte, ela diz que o grupo foi muito importante para entender o autismo. “Gostei muito das dicas de nutrição. Foi um pacote de informações muito importante que recebemos. Meu filho passava o dia todo abrindo a geladeira em busca de comida e isso mudou”, afirma. Após o diagnóstico do filho, Maitê chegou a engordar 12 quilos, e o grupo a ajudou com sua autoestima.

A nutricionista do TEAlogando, Raquel Rabelo, explica como lidar com a seletividade alimentar presente no autismo, quando a criança apresenta desinteresse por certos alimentos. “Abordamos como tratar em casa, porque é onde a criança passa mais tempo”, aponta. A dica da profissional para melhorar a seletividade é envolver a criança no processo de compra e preparo dos alimentos. “É um processo lento e longo, mas trazemos o conforto para a mãe e o pai de que isso existe no espectro autista e que pode ser melhorado”, garante.

A nutricionista Raquel Rabelo explica para os pais sobre seletividade alimentar no autismo. Ela destaca que, com incentivo familiar, a seletividade pode ser melhorada. Foto: Alexandre Alvares/Agência Saúde-DF

Da redação do Portal de Notícias

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